CROMATOGRAFIA
Cromatografia é um método analítico que muitas vezes usamos na separação de misturas, para separar misturas em componentes.
Também podemos investigar o carácter duma substância (desconhecida) cromatograficamente.
Tirando um traço, p.ex. com caneta de feltro num pedaço de papel de filtração, e depois passando um líquido através do mesmo papel a partir dum nível determinado, podemos observar que o traço anda com o líquido até certa distância.
Podemos ver que a tinta é constituída por vários componentes de cor. E uma cor pode correr mais rapidamente do que a outra cor, e andar mais distância.
Cada componente deve escolher continuamente entre: ficar no seu lugar no papel ou mover no papel com o líquido movendo. Aqui falamos da 'afinidade' do componente pelas duas fases.
Neste caso temos duas fases:
- o papel é a fase sólida
- o líquido é a fase móvel
No caso de um corante ter uma afinidade grande pela fase móvel, este corante desloca-se uma grande distância (com a fase móvel); aquele componente anda uma distância maior.
Definição:
Cromatografia é um método de separação
que se baseia em (a diferença de) a afinidade das substâncias a investigar
relativo às duas fases, uma móvel e outra rígida ou fixa.
O nome 'cromatografia' vem do facto de que este método no princípio foi aplicado somente para separar corantes vegetais.
Hoje em dia existem muitas técnicas para também separar componentes sem cor; o nome 'cromatografia' ficou.
Além de corantes, podemos investigar e separar:
- moléculas orgánicas e inorgánicas.
- muitos tipos de iões.
- substâncias biológicas activas, tais como: proteínas, ácidos nucléicos e víruses.
Resumindo, na cromatografia falamos de duas fases. Uma destas fases é: a fase estationária ou fase rígida; esta fica no seu lugar, não se desloca.
A outra fase, a fase móvel, desloca-se via a, atraves da fase rígida. Há contacto intenso entre as duas fases.
As substâncias a investigar (componentes numa mistura) são colocadas anteriormente na fase rígida e vão dividir-se entre as duas fases, logo que a fase móvel passa.
A fase estationária pode ser (s) ou (l).
A fase móvel pode ser (l) ou (g).
Assim podemos definir quatro técnicos de cromatografia:
|
fase fixa |
(s) |
(l) |
fase móvel |
|
|
|
(l) |
|
<(s) + (l) |
<(l) + (l) |
(g) |
|
<(s) + (g) |
<(l) + (g) |
Exercício 5
Explique por quê precisamos dum "portador" quando a fase fixa seja (l).
Existe mais uma divisão de cromatografia, baseada na técnica de execução.
Deve conhecer pelo menos as duas técnica seguintes:
- cromatografia de camada fina
A separação em cima indicada, das corantes num papel de filtro, pertence à técnica de cromatografia de camada fina. O papel, neste caso, é a fase fixa (ou contém a fase fixa).
Uma outra opção é colocar uma camada fina(s) bem fixada a um foli de alumínio. A fase móvel (l) pode sempre passar pelos pores da fase fixa (difusão).
- cromatografia de colunas
Neste caso vamos encher um tubo (fino ou alargado) com fase fixa. Por cima introduzimos a fase móvel (l) ou (g) e em baixo recolhemos a mistura que sai da coluna, gota por gota, e investigamos as gotas.
No caso de gases (a fase móvel é um gás) recolhemos o gás ou investigamos o gás escapando directamente.
Uma vantagem deste método é o facto de que podemos regular muito bem a velocidade de passagem da fase móvel.
Com um detector podemos (ao fim do tubo) directamente notar se um componente escapa e quando.
- Um método muitas vezes aplicado é aquele de cromatografia de gás (já mais ou menos descrita em cima). Um gás portador (inerte ou nobre) passa pelo tubo com material poroso, levando assim a velocidades diferentes os componentes duma mistura gasosa que foi injectada a momento zero.
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